20 de março de 2010

Carta 09

Precisava te escrever.

Queria te dizer que sinto falta daquela época em que não passavámos de dois loucos varridos e apaixonados pela vida. Sinto falta de quando a gente era tudo isso juntos.

Agora, não temos mais dúvidas do que certezas. Eu vejo você olhando pra baixo enquanto falo do nosso fantástico e nostálgico passado.
Você faz isso todas as vezes. Talvez você não seja mais o mesmo, assim como eu também não sou. Talvez a gente consiga voltar a ser quando estamos juntos.

"Somos quietos porque ninguém entende as nossas brincadeiras", mas eu escrevi justamente pra te dizer que eu sempre vou entender. E que eu também sinto falta daquilo tudo, e que ás
vezes eu também olho pra baixo.
Mas nunca iremos nos perder. Com você, eu esqueci do que as pessoas podem pensar quando a gente esquece de todas as exigências morais de comportamento e resolve se permitir a fazer coisas que são parte realmente do que existe em nós. Porque esse é o jeito certo, esse é o que não sufoca, que não repreende, que não se arrepende. Nunca encontrei nesse mundo alguém que já se arrependeu por ter feito algo bom enquanto era ele mesmo, mas já vi algumas pessoas que perderam algumas gargalhadas por causa do que o vizinho poderia pensar.
Você sempre será essa pessoa contagiante e maravilhosa, não importa onde esteja. Acho que você está nesse mundo pra iluminar os outros com toda a bondade, sinceridade e alegria que existe no seu coração.
Eu quero que você saiba que você continua iluminando a minha vida e que eu sinto a sua falta, sempre.
Todos os dias.

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